Sim, Santo Agostinho ensinou que a salvação está profundamente ligada ao batismo, e isso é um ponto central de sua teologia sacramental. Para ele, o batismo é necessário para a salvação, tanto por apagar o pecado original quanto por incorporar o indivíduo à Igreja de Cristo.
Abaixo, um resumo feito pela IA do ensino de Agostinho sobre o batismo, baseado no livro de PeterBrown:
📌 1. Batismo como necessário para a salvação
Agostinho defendia que ninguém pode ser salvo sem o batismo, exceto em casos excepcionais, como o chamado “batismo de sangue” (martírio sem ter recebido o sacramento) ou “batismo de desejo”.
“Sem o batismo e a participação na Igreja, ninguém é salvo.”
Essa era sua posição contra os donatistas, que acreditavam que só havia salvação em sua própria seita.
📌 2. Batismo e o pecado original
Agostinho ensinava que todos nascem com o pecado original herdado de Adão, e que o batismo é o único meio pelo qual esse pecado é perdoado. Ele foi um dos grandes defensores desta doutrina contra os pelagianos.
Crianças que morrem sem batismo, segundo ele, não podem entrar no Reino de Deus, porque ainda estão manchadas pelo pecado original — embora sua punição fosse mais branda do que a dos ímpios adultos.
📌 3. Eficácia do sacramento independentemente do ministro
Agostinho argumentava que o batismo não depende da santidade do ministro, mas da autoridade de Cristo. Isso foi fundamental em seu debate contra os donatistas.
📌 4. Batismo como início da regeneração
Agostinho via o batismo como o começo da vida nova em Cristo, onde o Espírito Santo é comunicado ao crente. Contudo, o batismo não garante a salvação final, pois é preciso perseverar na fé e na vida cristã.
📌 Críticas possíveis do ponto de vista evangélico
- O ensino de Agostinho sobre o batismo infantil como necessário à salvação é rejeitado por muitas igrejas evangélicas.
- Sua doutrina abre caminho para uma visão sacramentalista da salvação, onde o rito se torna essencial, o que pode conflitar com a doutrina da salvação pela fé somente.