Observações a Respeito da Doutrina do Livre-Arbítrio

A Bíblia pressupõe liberdade real

Os textos bíblicos enfatizam algo essencial: a Bíblia nunca explica o livre-arbítrio como um conceito filosófico abstrato, mas o pressupõe em toda a sua estrutura moral.

“Nenhuma pessoa é livre se um ato desempenhado por outra pessoa – humana ou divina – empurra-a para pensar, desejar ou agir de determinada maneira”

Isso corrobora textos como:

➡️ Mandamentos, convites e advertências só fazem sentido se a escolha for real, não meramente aparente.


Livre-arbítrio não é Pelagianismo

Os conceitos teológicos combatem a acusação clássica de que livre-arbítrio = salvação por obras.

O arminianismo bíblico afirma depravação, mas não determinismo total:

“Armínio e os arminianos clássicos afirmam repetidamente que o ser humano é totalmente depravado e não pode iniciar nenhuma salvação, e que a graça precisa primeiro ser derramada para então o livre-arbítrio espiritual ser restaurado”

Isso se harmoniza com:

➡️ O livre-arbítrio bíblico é dependente da graça, não independente dela.


Graça resistível: amor persuasivo, não coercitivo

“Uma força irresistível usada por Deus em criaturas livres seria violação tanto do amor de Deus quanto da dignidade do ser humano”

Isso ecoa:

➡️ Amor forçado é contradição de termos, como afirmam os autores.


Responsabilidade moral exige possibilidade real de agir diferente

Determinismo e responsabilidade moral são inconciliáveis.

“Para que determinada pessoa seja responsabilizada por um roubo, é preciso que tal pessoa tenha tido a possibilidade de não roubar”

Isso confirma:

➡️ Se o homem não podia agir diferente, o juízo seria injusto, algo impensável no Deus bíblico.


Soberania ≠ determinismo

Identificar soberania com determinismo é um erro teológico grave:

“Soberania não é sinônimo de determinismo”

Eles mostram que:

Isso harmoniza com:

➡️ Deus é soberano porque governa tudo, não porque causa tudo.


O problema do mal confirma o livre-arbítrio

Sem livre-arbítrio, Deus se tornaria o autor do pecado, o que é teologicamente inaceitável.

“À parte da crença no livre-arbítrio, todo mal deve ser colocado na conta de Deus”

Isso confirma:

➡️ O livre-arbítrio preserva a santidade de Deus e a culpa do homem.


Cooperação com Deus: sinergia bíblica

“Nós somos cooperadores de Deus” (1Co 3.9)

E explicam:

➡️ Isso confirma que:


CONCLUSÃO INTEGRADA

À luz da Escritura:

  1. O livre-arbítrio é pressuposto do Gênesis ao Apocalipse
  2. A graça é necessária, preveniente e capacitadora
  3. A graça pode ser resistida
  4. A responsabilidade moral exige liberdade real
  5. Determinismo compromete o caráter de Deus
  6. Soberania divina não elimina escolhas humanas
  7. O evangelho é convite, não coerção

A Bíblia ensina um Deus soberano que governa criaturas livres, chama pecadores reais e julga decisões verdadeiras.

 

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