É possível identificar uma série de pontos fracos e heresias na doutrina e prática da Congregação Cristã no Brasil (CCB). Vou resumir os principais, agrupando-os:
1. Exclusivismo e Salvação
- Muitos membros da CCB afirmam que a salvação só existe dentro da sua igreja. Isso é um grave erro, pois coloca a instituição como mediadora da salvação, em vez de Cristo (João 14.6; Atos 4.12).
- Esse exclusivismo alimenta o proselitismo agressivo da CCB, especialmente contra crentes de outras denominações.
2. Oposição ao Estudo Bíblico
- A CCB ensina que não é necessário estudar a Bíblia, porque na hora do culto o Espírito Santo fala pela boca do ancião.
- Usam textos fora do contexto como “a letra mata” (2Co 3.6) para desencorajar o ensino sistemático.
- Essa postura gera misticismo e esoterismo religioso, com práticas semelhantes à adivinhação (abrir a Bíblia ao acaso e “profetizar”).
- A Bíblia, porém, ordena o estudo: Jo 5.39; 2Tm 2.15; Sl 1.2.
3. Estrutura de Culto e “Revelações”
- Os cultos muitas vezes funcionam como sessões de adivinhação evangélica, com mensagens genéricas (“há um irmão passando por lutas…”) que iludem os fiéis de que “Deus falou diretamente”.
- A ênfase está mais em emoções e supostas revelações imediatas do que na pregação bíblica sólida.
4. Doutrinas e Práticas Extrabíblicas
- Batismo: é tratado como sacramento com valor salvífico, similar à visão católica. Além disso, usam uma fórmula “quaternária” (em nome de Jesus Cristo, e do Pai, do Filho e do Espírito Santo), o que não é bíblico.
- Véu e cabelo: ensinam que cortar o cabelo leva ao inferno e que o uso do véu é obrigatório, transformando um costume local em doutrina universal.
- Ceia do Senhor: realizada apenas uma vez por ano, em desacordo com o padrão neotestamentário (At 2.42; 1Co 11.26).
- Oração: somente de joelhos, como se fosse uma regra obrigatória, e não uma expressão espontânea da fé.
- Ósculo santo: praticado de forma ritualística e restrita.
- Pecado contra o Espírito Santo: ensinam erroneamente que seria o adultério.
- Casamentos e funerais: não podem ser realizados nos templos, criando um legalismo sem respaldo bíblico.
5. Ministério e Liderança
- A CCB rejeita o ministério pastoral. Dizem que o único pastor é Cristo, negando que Deus estabeleceu pastores humanos para apascentar o rebanho (Jr 3.15; Ef 4.11; Hb 13.7,17).
- Chamam líderes apenas de “anciãos” e condenam o sustento ministerial.
- Entretanto, a Bíblia mostra claramente que obreiros podem e devem ser sustentados pela igreja (1Co 9.7-14; 1Tm 5.17-18).
6. Contribuições e Dízimos
- Atacam o dízimo como “lei abolida”, mas ao mesmo tempo instituem diversas ofertas: da piedade, para viagens, para terrenos, manutenção de prédios, votos etc..
- Na prática, essas contribuições muitas vezes pesam mais do que o próprio dízimo, mas são feitas de modo oculto, transmitindo a impressão de que a CCB não lida com dinheiro. Isso é hipocrisia.
7. Problemas Éticos e Práticos
- O uso de bebidas alcoólicas é tolerado entre membros.
- Não há registros oficiais de membros, o que facilita desorganização e até abusos.
- Proíbem cultos em outras igrejas, criando uma mentalidade sectária e de isolamento do Corpo de Cristo.
Conclusão
Os documentos deixam claro que a CCB mistura doutrinas cristãs básicas com heresias sérias. Entre os principais erros estão:
- Exclusivismo soteriológico (salvação só na CCB).
- Desprezo pelo estudo bíblico.
- Crença em revelações subjetivas como regra de fé.
- Legalismos (véu, cabelo, oração só de joelhos).
- Sacramentalismo no batismo.
- Rejeição do ministério pastoral e do sustento ministerial.
- Hipocrisia financeira (nega o dízimo mas cobra ofertas ocultas).
Esses pontos mostram que, embora a CCB mantenha aparência de igreja cristã, seus fundamentos a aproximam mais de uma seita do que de uma comunidade bíblica saudável.