
Calvino admitiu o horror de sua doutrina quando disse:
“certamente confesso ser esse um decretum horribile”[ Institutas, 3.23.7.].
Com base direta nos argumentos apresentados no livro “Que Amor é Este? – A Falsa Representação de Deus no Calvinismo”, de Dave Hunt, é possível compreender por que o calvinismo é considerado horrível em seus decretos, não por mero exagero retórico, mas pelas implicações morais, teológicas e bíblicas que esses decretos produzem na compreensão do caráter de Deus .
O decreto eterno que condena antes de nascer
Segundo o calvinismo clássico, Deus decretou antes da fundação do mundo quem seria salvo e quem seria condenado, sem levar em conta fé, resposta humana ou qualquer condição. Isso significa que milhões de pessoas nasceriam já irrevogavelmente destinadas ao inferno, sem jamais terem a possibilidade real de salvação.
Dave Hunt denuncia que esse decreto transforma a perdição eterna em algo ontologicamente inevitável, não resultado da rejeição consciente da graça, mas de uma decisão secreta e soberana de Deus .
O problema não é apenas lógico, mas moral: Deus passa a ser visto como alguém que cria seres humanos sem qualquer chance de redenção, apenas para demonstrar Sua justiça condenatória.
Um amor seletivo que contradiz a revelação bíblica
O livro insiste que o calvinismo redefine o amor de Deus de forma radicalmente diferente da Escritura. No sistema calvinista, Deus não ama a todos, não deseja salvar a todos e Cristo não morreu por todos, mas somente pelos “eleitos”.
Hunt mostra que isso entra em choque frontal com textos claros como:
- “Deus amou o mundo”
- “Não querendo que ninguém pereça”
- “Cristo morreu por todos”
Ao limitar o amor, a graça e a expiação, o decreto calvinista faz com que Deus ofereça salvação universalmente apenas em aparência, enquanto, na realidade, nega internamente essa possibilidade à maioria da humanidade .
Decretos que tornam Deus autor indireto do mal
Outro ponto gravíssimo levantado no livro é que, se tudo ocorre por decreto eterno, então quedas, pecados, incredulidade e condenação também fazem parte desse plano imutável. Ainda que calvinistas neguem que Deus seja autor do pecado, o próprio sistema leva inevitavelmente a essa conclusão.
Hunt demonstra que, no calvinismo, o homem peca porque foi decretado que pecaria, rejeita a Cristo porque não recebeu graça, e é condenado por cumprir exatamente aquilo que Deus decretou que ele faria .
Isso gera uma contradição profunda: Deus pune eternamente pessoas por atos que elas não tinham como evitar.
A graça irresistível destrói a responsabilidade moral
O decreto da graça irresistível ensina que o eleito é regenerado sem fé prévia, sem compreensão e sem consentimento. A fé surge apenas depois da regeneração, como efeito inevitável.
Segundo Hunt, isso transforma conversão em um ato mecânico e monergístico, esvaziando conceitos bíblicos como:
- arrependimento,
- chamado,
- persuasão,
- resistência ao Espírito.
Se ninguém pode crer sem antes ser regenerado, então convites bíblicos, advertências e apelos se tornam teatrais, não reais .
Um decreto que esvazia o zelo evangelístico genuíno
Embora alguns calvinistas sejam evangelísticos “apesar” do sistema, o livro argumenta que os decretos calvinistas não fornecem base racional para o evangelismo fervoroso. Se os eleitos serão salvos inevitavelmente e os não eleitos jamais poderão crer, então o evangelismo deixa de ser um chamado urgente e passa a ser apenas um meio secundário.
Hunt afirma que isso historicamente produziu:
- elitismo espiritual,
- frieza evangelística,
- insegurança pastoral,
- crises de certeza da salvação.
Tudo isso flui diretamente da lógica dos decretos .
O decreto final: um Deus irreconhecível à luz de Cristo
A acusação central do livro é devastadora: o Deus produzido pelos decretos do calvinismo não se parece com o Deus revelado em Jesus Cristo.
Enquanto Cristo chora sobre Jerusalém, convida todos, sofre pela rejeição humana e morre pelos pecadores, o Deus dos decretos calvinistas:
- não deseja salvar a maioria,
- não morreu por eles,
- não lhes concede graça,
- e ainda os condena eternamente.
Por isso Dave Hunt conclui que o calvinismo não exalta a soberania de Deus, mas a distorce, transformando-a em um determinismo rígido que aniquila o amor, a justiça e a bondade revelados nas Escrituras .
Conclusão pastoral e teológica
À luz do PDF, o calvinismo é “horrível” em seus decretos não por ofender sensibilidades humanas, mas porque:
- redefine o amor de Deus,
- nega a oferta real do evangelho,
- compromete a responsabilidade humana,
- e apresenta um Deus incompatível com o caráter revelado em Cristo.








Jacó Armínio não fundou uma escola de pensamento, ele fez um trabalho apologético e propôs uma reforma, medievalmente chamados de “Remonstrantes”. O termo armí-ismo não é correto, dá uma impressão de opcional do calvinismo, mas J.Armínio foi apenas a favor da Palavra de Deus,
A predestinação arbitrária só havia no alcorão, o islã é predestinista, um teologo islâmico diz: “Nawawi : “ – Allah … predestinou todas as coisas, e sabe ….acontecimentos ocorreriam determinadas formas. Tudo acontece de acordo com o que Ele determinou.
Calvino “cristianizou” isso.
Estranho é usar um filósofo católico no começo do texto para falar contra os calvinistas para colocar a doutrina arminianismo, pessoalmente a doutrina da salvação me atrai melhor d q a da predestinação, más, são doutrinas de pensamentos particulares q geram discussões q n levam a NADA!
Leandro, qual o filosofo católico está no começo do texto?
Prefiro ficar na doutrina da Palavra que é Jesus ressuscitado e Ùnico Mediador e suficiente Salvador. Aquele que fez, faz e continuará fazendo milagres por sua eterna misericordia no meio da Igreja até sua vinda.
A Bíblia não fala mais nada além disso?
Leandro, tem que ter discussão sim sobre o calvinismo, se não fosse a apologética de Jacó Armínio (não é doutrina) estaríamos na escuridão medieval até hoje. Seu comentário dever ser entendida dentro de João 3:16 (todos que quiserem, e não eleitos arbitráriamente).
Houve e tem bons evangelistas calvinistas moderados, e tb nos extremados ! mas diferença dos calv.extrem, é que a visão acerca dos convertidos parece mais “units detached” ( de eleito “0” para eleito “1”), mais parece uma conta de binário) ao invés de salvação em Cristo para TODOS.
Eu não tenho muito conhecimento sobre os calvinistas, mais o que sei que seus estudos, se baseia em fatos que ocorreram que ocorrem e iram ocorre, na uniciencia de Deus, não e por Ele sabe o que acontecer que nos mostra que Ele mesmo dirigil o fato, mais Ele usa a liberdade de cada um de nos…
O que vc acha de Romanos 8.28-30? será que predestinação é heresias, ou Aposto estava falando
de outra coisa?
Prezado Sr. Silvino G Alves,
Se você descobrisse que seu pai e mãe e irmãos e outros membros familiares queridos não são escolhidos e nem eleitos arbitrariamente pela soberania do seu deus, o que você faria ?
Conhece aquele ditado popular : Pimenta nos olhos dos outros é colírio?
O ateu não crê que Deus criou o ser humano
O calvinista não crê que Deus criou o ser humano com autodirecionamento e iniciativas próprias
Haveria diferença considerável entre ambos?
Medeiros,
Não ! os calvinistas são crentes e não ateus. A divergência está na abrangência da salvação, em João 3:16 “todo aquele” para os calvinistas não são “todos” mas sim só os eleitos, e no estudo de Arminio,a abrangência é “todos” é indistinto a quem quiser ser salvo.
ateísmo não tem nada haver com calvinismo ou arminismo. poxa ! vade ler mais detalhados os artigos do CACP sobre o assunto relacionado.
O ateu, por não crer em Deus, entende como um delírio as orações humanas.
O calvinista, embora declarando crer em Deus, entende que as orações humanas são de nenhuma eficácia, pois que todas as coisas passadas, presentes e futuras são o fiel retrato de um imutável decreto que inexoravelmente e cronologicamente se cumpre.
Qual seria o traço distintivo entre ambos?
Para os Ateístas, Deus não criou o mundo, Deus não criou o universo, Deus não criou os animais sem raciocínio, Deus não criou o animal-homem com raciocínio…
…Deus não envia chuvas sobre a terra, Deus não provoca catástrofes, Deus não se comunica ou se relaciona com pessoas, Deus não emprega ouvidos a preces de pessoas, Deus não interfere na vastidão existencial, Deus se escreve com ‘d’ minúsculo. DEUS SIMPLESMENTE NÃO EXISTE.
Para os Calvinistas, Deus não interage com pessoas, Deus não inclina ouvidos a orações de pessoas, Deus não se emociona diante de atitudes de pessoas, Deus não se impressiona com pessoas, Deus não se surpreende com pensamentos, palavras ou atos de pessoas…
…Deus não privilegia crianças em detrimento de adultos. Tudo o que a partir de Deus veio à existência encontra-se inarredavelmente, imutavelmente e cronologicamente planejado ou projetado, como decorrência de Soberania, Secreto Conselho, Eterno Decreto. DEUS APENAS EXISTE.
O ateu, em grande número, crê que nenhum homem é dotado de vontade livre e plena possibilidade de escolha durante o trâmite ou enquanto durar sua finita e fugaz existência…
…O calvinista crê que nenhum ser humano pode conduzir-se volitivamente a si mesmo, asseverando que somente o diabo detém livre-arbítrio, por meio do qual ou pelo exercício do qual rebelou-se contra Deus.
Em que se distinguem aquele e este?
Mesmo declarando que não faria um espantalho e que para isso citsria fontes primárias, esqueceu de um princípio básico de interpretação, o de que as citações tem que ser entendidas em seu contexto original e com isso criou um espantalho.
quem criou esse “espantalho” que você diz, foi o próprio joão calvino, o déspota e inquisidor de genebra, ele perseguia mandava prender, maltratar, e mandava matar as pessoas que não concordava com as suas institutas. ele criou um deus obtuso que não ama todas as pessoas.
“For God so loved the world, that he gave his only begotten Son, that whosoever believeth in him should not perish, but have everlasting life.” John 3:16
“The World” King James deixa claro a abrangência ilimitada da salvação, NÃO FOI “one world” alguns sortudos “eleitos”
e se existe algum espantalho, esse alguém é você, sr welerson.
estude mais. não colou, próxima vez capricha.
Se baseando na doutrina calvinista que predestina a todos na fundação do mundo , jesus veio para os judeus e eles o rejeitaram mesmo sendo em toda a escritura durante todo tempo mostrado que Deus enviaria o Messias o salvador , diante disso faço uma pergunta :
Como rejeitar a vontade de um Deus soberano e que não pode ser contrariado ? Podemos então dizer que Deus os salvou compulsóriamente? Porque então a salvação dos judeus se estendeu aos gentios? Será que Deus magoado disse : vcs não querem então vou salvar os gentios a quem vcs odeiam,
muitos pensam que João 3:16 é citação somente para não crentes ou neófitos, se o calvinista aprendesse mais com esses verso sem a “roleta russa” do joão calvino entenderia a expansão e abrangência da salvação que Deus estendeu conforme seu amor 1 João 4:8
Deus é soberano, existem “n” citações bíblicas sobre isso, contudo a essência não é essa. pois na Bíblia diz que “DEUS É AMOR” e não diz “DEUS É SOBERANIA”. será que Deus está tão preocupado assim com “soberania” ? (pois o Verbo se esvaziou de si) a ponto de não amar todos?
calvinismo é uma doutrina errônea, as institutas calvinescas são pífias, joão calvino foi um déspota em genebra, é uma tese medieval arcaica absolutista que nunca foi revisada. é horrivel ler um artigo postulado pelo calvinismo, apresenta um Deus obtuso e insensível.