Ao longo dos anos, já ouvi diversos céticos ridicularizando a ideia de que Jesus ascendeu ao céu diante dos olhos dos discípulos. Na visão deles, mesmo se Jesus estivesse viajando na velocidade da luz, não teria escapado dos limites do nosso universo. E não é só isso; Ele certamente estaria lutando com a falta de oxigênio até agora.
Em resposta, deixe-me primeiro mostrar que dizer que Jesus ascendeu ao céu não implica em Ele ter viajado pelo espaço, mas como Deus-homem, Ele transcendeu o tempo e o espaço. Em outras palavras, o céu não se localiza no tempo e no espaço, e sim existe em outra dimensão.
Além disso, o universo físico não dissipa a realidade. Não é preciso ser um cientista para entender que um efeito como o universo deve ter uma causa maior do que si mesmo. Isso é evidente não só para aqueles que são filosoficamente sofisticados, mas também para pessoas reflexivas em qualquer lugar. Assim, a noção de que o Criador do universo transcendeu seu universo não deveria causar problema.
Finalmente, deve-se notar que Deus frequetemente usa exemplos físicos para mostrar realidades espirituais. Desta forma, a ascensão física de Cristo aponta para uma verdade maior, isto é, que Ele agora é glorificado na presença de Deus e que nossa glorificação é divinamente garantida.
“E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1.9-11).
HANK HANEGRAAFF
