A astrologia é o estudo da suposta influência dos astros sobre os seres humanos. É crença ou superstição de que os astros pressagiam ou determinam o destino das pessoas e das nações. É uma das formas de adivinhação vinculada ao ocultismo, que por se parecer com uma diversão inofensiva é o ramo do ocultismo que mais atrai as pessoas. Sua origem foi na Babilônia. Esteve presente em todas as religiões pagãs da Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma e no Extremo Oriente. Com o surgimento do cristianismo, a astrologia apresentou declínio vertiginoso, se fortalecendo na Idade Média, através dos árabes, vindo em seguida sua decadência e novamente ressurgindo no Renascimento.
A observância da lua não deve ser confundida com a astrologia e nem com os cultos à lua. Os pagãos da época bíblica adoravam o sol e a lua, prática condenada pela Palavra de Deus (Dt 4.19 e 17.3). Usavam a lua crescente como ornamentos e, ou talismã, tanto homens como mulheres, as chamadas “luetas” (Is 3-18), e também no pescoço dos animais, com finalidade de assegurar fertilidade (Jz 8.21). Os árabes pré-islâmicos usavam a lua crescente como enfeites e como objetos de adoração. Maomé destruiu toda a forma de idolatria, mas manteve a lua crescente, ainda hoje vista nas mesquitas.
Não devemos confundir astrologia e cultos à lua com as festas da lua nova instituída por Moisés. Os hebreus observavam o calendário lunar. A lua nova marcava o início de cada mês, que era celebrado com festas especiais e cuja chegada era anunciada pelo toque da trombeta e com festas. Essa forma não caracteriza idolatria (Nm 10.10 e Sl 81.3).
A lua exerce influência sobre a terra. O nível das águas dos mares e oceanos se altera em função da posição da lua no firmamento, é o fenômeno da atração gravitacional da lua sobre as águas, provocando a maré alta e a maré baixa. As marés exercem importante papel na vida dos organismos vivos que vivem nos litorais. São fatos confirmados cientificamente.
Quanto à influência da lua na agricultura, embora alguns afirmem que não passa de crendices populares, nos parece fenômenos naturais. A Bíblia mostra ecos dessas práticas agrícolas: “E com as mais excelentes novidades do sol, e com as mais excelentes produções da lua”, Dt 33-14. O salmo 121.6 parece indicar os efeitos da insolação do deserto, que pode levar a pessoa à morte. A lua, de noite, pode afetar o estado mental de quem já tem problemas de saúde, os lunáticos (Mt 4.24 e 17.15). Portanto não se trata de astrologia ou qualquer forma de ocultismo o agricultor observar as fases da lua para semeadura ou colheita.
Pr. ESEQUIAS SOARES, FONTE: REVISTA RESPOSTA FIEL – ANO 1 – N°2