A seguir apresento uma análise exegética e teológica de João 15.1–7, dialogando diretamente com os argumentos desenvolvidos nos PDFs (Livro “Calvinismo Recalcitrante”, Martinez; “O Outro Lado do Calvinismo”, Laurence M. Vance; “Que Amor É Este?”, Dave Hunt).
O objetivo é mostrar como esse texto contradiz o determinismo e a graça irresistível, e confirma a responsabilidade humana, a permanência condicional e a possibilidade real de ruptura da comunhão salvadora.
Permanecer em Cristo não é automático nem irresistível
1. Contexto imediato: discurso a discípulos verdadeiros
João 15 faz parte do discurso de despedida (Jo 13–17). Jesus fala exclusivamente aos apóstolos, homens que:
- já criam nele (Jo 14.1),
- já estavam limpos (Jo 15.3),
- já tinham sido escolhidos (Jo 15.16).
➡️ Não se trata de falsos crentes, mas de discípulos reais.
Os PDFs enfatizam esse ponto metodológico:
advertências só fazem sentido quando dirigidas a pessoas que realmente participam da realidade espiritual mencionada.
2. “Eu sou a videira verdadeira” (v.1)
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.”
A imagem é orgânica, não mecânica.
Os PDFs observam que o determinismo trata a relação Deus–homem de forma causal e automática, enquanto a Bíblia usa imagens de:
- aliança,
- relacionamento,
- cooperação viva.
➡️ Videira e ramos pressupõem vida relacional, não programação.
3. “Todo ramo em mim que não dá fruto” (v.2)
“Todo ramo em mim que não dá fruto, ele o corta.”
Ponto decisivo:
🔴 O ramo está “em mim”
🔴 Não é um ramo “aparente”
🔴 Não é um ramo “externo”
Os PDFs criticam a tentativa calvinista de redefinir “em Cristo” como mera aparência:
se “em Cristo” não significa união real, então a linguagem bíblica perde qualquer valor objetivo.
➡️ Estar “em Cristo” no NT é linguagem de salvação real (Rm 8.1; 2Co 5.17).
4. Cortado por não permanecer frutificando
O problema do ramo não é:
- falta de eleição secreta,
- ausência de decreto eterno,
mas:
não dar fruto.
Os PDFs destacam que:
- o Novo Testamento conecta fruto à permanência obediente,
- não a um decreto imutável.
Isso se harmoniza com:
- Colossenses 1.22–23 – “se permanecerdes”
- Romanos 11.20–22 – “permanece na bondade… senão também tu serás cortado”
➡️ Corte é consequência, não encenação.
5. “Permanecei em mim” (v.4)
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós.”
Aqui temos um imperativo.
Os PDFs ressaltam:
um imperativo só é legítimo se houver possibilidade real de obedecer ou desobedecer.
➡️ Se a permanência fosse automática:
- o mandamento seria inútil,
- a advertência seria vazia,
- o discurso perderia sentido.
6. “Se alguém não permanecer em mim” (v.6)
“Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora… e queimado.”
Estrutura condicional clara:
- Se não permanecer
- Então é lançado fora
Os PDFs observam que essa linguagem é:
- relacional,
- jurídica,
- escatológica.
Não se trata de:
- perda de recompensas,
- mera disciplina temporal,
mas de exclusão severa, coerente com textos como:
- Mateus 7.19,
- Hebreus 6.4–6,
- Hebreus 10.26–29.
➡️ Determinismo não explica condicionais reais.
7. “Se permanecerdes em mim” (v.7)
“Se permanecerdes em mim… pedireis o que quiserdes, e vos será feito.”
Novamente:
- permanência = condição,
- comunhão = dinâmica,
- promessa = relacional.
Os PDFs conectam isso ao ensino bíblico de sinergia:
- Deus age,
- o homem responde,
- a comunhão se mantém pela fé obediente.
➡️ Nada aqui sugere:
- irresistibilidade,
- inevitabilidade,
- impossibilidade de ruptura.
8. João 15 e o colapso da graça irresistível
Os PDFs apontam que João 15 cria problemas insolúveis para a TULIP:
- Ramo “em Cristo” que é cortado → contra perseverança incondicional
- Mandamento “permanecei” → contra determinismo
- Condicionais reais → contra decretos imutáveis aplicados automaticamente
➡️ A única forma de salvar o sistema determinista é redefinir artificialmente o texto.
9. Leitura bíblica coerente
João 15 ensina que:
- Existe união real com Cristo
- Essa união precisa ser mantida
- A permanência envolve fé viva e obediência
- A ruptura é possível e grave
- Deus é o agricultor justo, não arbitrário
- A advertência é real, não hipotética
CONCLUSÃO TEOLÓGICA
À luz da exegese de João 15:
🔴 João 15 não ensina determinismo
🔴 João 15 não ensina graça irresistível
🔴 João 15 não ensina perseverança automática
🟢 João 15 ensina:
- relacionamento vivo,
- permanência condicional,
- responsabilidade real,
- advertência genuína,
- soberania exercida sem coerção.
O ramo não é cortado porque nunca esteve na videira,
mas porque, estando nela, deixou de permanecer.








Não acredito que DEUS fica dando e tirando Salvação de ninguém, se Não seremos salvos pele obras, só perde a salvação que rejeitar completamente ela. todo pecado é perdoado, exceto, contra o ESPÍRITO SANTO, Regei talo.
Ninguém disse que Deus dá e fica tirando a salvação, vc perdeu o juízo? Deus sim dá a salvação a todos que querem em Cristo Jesus, mas no curso da vida a pessoa pode querer apostatar, como foi no caso de Judas Iscariotes. Ele quis ser traidor, não foi condicionado a isso.
Um dos maiores males do Calvinismo é trazer uma noção de que podemos viver como quisermos (em pecados, em mentiras, em devassidão etc) porque de qualquer maneira já estamos salvos e justificados pela eleição. Os nossos atos e pensamentos são também importantes na nossa caminhada cristã.
O pastor David Cloud escreve excelentes artigos mostrando os erros do Calvinismo. Vale a pena dar uma olhada. Esta doutrina nos faz pensar que nossas ações não irão influir no nosso julgamento, daí muitos vivendo na Igreja mas mesmo assim vivendo em pecados.
ai acontece o que esta escrito em mateus 7.21-23 as palaras do nosso senhor e salvador JESUS.crismacleiton
Depois de conhecer o calvinismo pela “caneta”, e pesquisando fontes historicas que J.Calvino era um tirano como os inquisitores catolicos, concluo que eh uma das piores heresias aqui catalogadas neste site.
Já há algum tempo, parece que esse site passou a colocar em pauta assuntos que não são de fato edificantes para serem discutidos. Apologética é combater heresias e por mais que eu possa discordar de um arminianista, não posso considerá-lo um herege, apesar de eu não ser um calvinista.
Jesus, nesse texto etá falando de salvação ou vida produtiva.
É impressionante como certos pregadores gastam tanto tempo defendendo mais as suas opiniões pessoais do que a verdade infalível das Sagradas Escrituras. Antes da Igreja quem era o povo de Deus e qual era proposito do seu chamado?
Pense, cortado e jogado fora pra ser queimado, deve ser sobre vida produtiva??? Pense, amigo… (Pr. Martinez)
…o povo de Deus perdeu sua condição de povo de Deus?
A palavra diz que o remanescente será salvo.
Caso haja arrependimento por parte de quem caiu, é recuperado?
Hebreus 6 dia que é impossível.
Então antes de defender esse ou aquele examine as escrituras!
não leia hebreus 6 sem ver mais contexto de Hebreus, em 10:26 diz “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado…” olhe em um bom dicionário, e verás o que quer dizer a palavra “deliberar” : -> decisão de viver em pecado é uma escolha pessoal. depois vai responder por isso.
Ajudem-me pois parece haver uma ambiguidade no texto: Eles não permanecem e Cristo ( e portanto não estão mais nele) então o Pai os corta da videira, ele cortou os que não estavam na videira? Pois ele corta os que não permaneceram na videira.