D.M. Lloyd Jones costumava dizer que todo falso ensinamento deve ser odiado e combatido. O Novo Testamento nos ensina que assim fez nosso Senhor e todos os apóstolos, e que eles se opuseram e advertiram as pessoas contra seus ensinos falsos.
Infelizmente nos dias de hoje, parte da igreja de Cristo fundamentado numa percepção distorcida das Escrituras Sagradas, afirmam que o espírito de amor cristão é absolutamente incompatível com a denúncia crítica e negativa dos erros da igreja. Ora, o Senhor Jesus Cristo denunciou os falsos mestres e as suas distorções doutrinárias. Ele os denunciou como “lobos vorazes, sepulcros caiados” e guias cegos”. O apóstolo Paulo ao tratar de alguns destes sem titubeios afirmou: “o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia”. Entretanto, fundamentados numa espiritualidade piegas, algumas pessoas continuam defendendo a causa que não devemos julgar o próximo, até porque Cristo nos mandou que amássemos uns aos outros.
Talvez ao ler este artigo você esteja a pensar: Isso mesmo quem somos nós para julgar alguém? Não foi o Senhor que disse que não devemos julgar para que não fôssemos julgados?
Prezado amigo, quando o Senhor Jesus advertiu contra o juízo temerário (Mt 7:1-6), Ele não estava declarando pecaminoso e proibido toda e qualquer forma de juízo. Dentro do contexto de Mateus nosso Senhor nos induz a discernir quem é cão e porco para que não se desperdice a graça de Deus. Julgar não é pecado! Afinal o próprio Deus exerce juízo. Ele mesmo nos ordena exercer o discernimento, que, diga-se de passagem, é o dom mais ignorado, e talvez o mais odiado hoje em dia.
Cristo julgou os escribas e fariseus pelo seu comportamento hipócrita e doutrinariamente distorcido (Mt 23:1-36). Se o julgar não é o papel de um homem de Deus, então creio que tanto os profetas do Antigo Testamento como os apóstolos devem ser despidos deste título! O que falar então dos crentes de Béreia? Ora, diz a Bíblia que eles não engoliam qualquer ensinamento, antes pelo contrário, verificavam se o ensino estava de acordo com a sã doutrina.
A questão é que os adeptos da promiscua teologia da prosperidade, fazem do juízo temerário uma interpretação conveniente, onde aliado ao ensinamento de que não se deve tocar no ungido do Senhor, propaga-se a doutrina do amor que não denuncia.
Isto posto afirmo que a Igreja do Senhor, possui um compromisso com verdade e que a verdade deve prevalecer em todos os momentos e circunstâncias.